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Foto do escritorDr. Leo Kahn

Excesso de Cobre


Excesso de Cobre

Excesso de cobre O cobre é um mineral essencial para o organismo, principalmente quando ligado a uma proteína, no uso do ferro na hemoglobina, da vitamina C, formação do colágeno, na integridade funcional de ossos, cartilagens, tendões e pele. Também está presente na formação da elastina, a principal proteína responsável pela elasticidade dos vasos sanguíneos, pulmão e pele. Acometendo uma em cada 30.000 pessoas, o excesso de cobre tende a se acumular no sangue e com isto esgotar as reservas de zinco do cérebro, causando oxidação da vitamina A, diminuindo a vitamina C, provocando dores musculares e nas juntas, distúrbios no aprendizado, depressão e fadiga. A doença de Wilson é uma mutação genética, na qual o cobre se acumula nos tecidos, causando lesões extensas. Nesse caso o fígado não segrega o mineral para o sangue ou não o excreta para a bílis, ocorrendo uma concentração sérica baixa, fazendo um acumulo no cérebro, olhos e fígado, provocando a cirrose. Na córnea dos olhos produz um aro de pigmentação dourada ou esverdeado-dourada. Sendo uma herança autossômica recessiva, cada irmão ou irmã de um indivíduo afetado tem 25% de chance de também apresentar a doença, enquanto que pais e filhos desse indivíduo têm chance de apenas 1%.

Fatores de Risco: - Mutações genéticas que levam a ligação do cobre com o seu transportador ceruloplasmina fica comprometida e ocorre depósito anômalo do mineral em diferentes órgãos e tecidos. - Disfunção hepática, - Fontes de contaminação: pinturas, material de litografia, pó de cimento, cromagem, indústrias de pigmentos de cromo e monóxido de carbono expelido por automóveis. - Tabagismo - Anticoncepcionais e DIU de cobre, - Uso de piscinas que usam algicidas com esse mineral.

Sinais e Sintomas: - Fadiga, - Tremores e perda de coordenação, - Piora do controle motor fino, - Rigidez, - Dificuldade de deglutição e alteração da fala, - Anemia hemolítica, - Depressão, - Fobias, - Comportamentos compulsivos, - Icterícia, - Anéis de Kayser-Fleischer na córnea, - Alterações renais e cardíacas.

O diagnóstico é baseado na história, no exame físico e complementares de sangue com níveis baixos de ceruloplasmina, níveis elevados de cobre livre, enzimas hepáticas, coagulação e dosagem de cobre na urina. Os anéis de Kayser Fleischer, sinal patognomônico, podem não estar presentes em todos os indivíduos acometidos.

SAIBA MAIS: - Fontes alimentares: Ostra, nozes, lecitina, amêndoas, fígado, manteiga, porco, camarão, frutos do mar, alho, feijão, ervilha e ameixa. - O zinco evita a absorção do cobre pelo intestino e aumenta a fração de cobre eliminada nas fezes. - Uso de vitamina E pode trazer efeitos benéficos ao evitar a progressão dos danos causados ao fígado. - O excesso do mineral associa-se com: Anemia aplástica e megaloblástica, talassemia, nefrite, vários tipos de doenças hepáticas, esquizofrenia, eczema, anemia drepanocítica, Doença de Hodgkin, leucemias e outras doenças malignas. - O tratamento deve envolver equipe multidisciplinar com hepatologista, neurologista, psiquiatra, oftalmologista, clínico geral ou pediatra e equipe de reabilitação. - A estratégia que se utiliza do teste do DNA permite definir o diagnóstico em cerca de 98% dos pacientes.

Recomendando-se o auxílio do médico geneticista na solicitação e na interpretação deste resultado. Procure seu médico em caso de duvidas.

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